«Vamos permitir a produção em massa de metais», disse Tim Weber, responsável pela impressão 3D em metal da HP, ao anunciar a Metal Jet, um modelo que irá custar cerca de 400 mil dólares. Este tipo de impressão vai permitir aos fabricantes de automóveis ou de dispositivos médicos, por exemplo, criar peças cada vez mais pequenas e complexas, com maior confiança e de forma mais económica. Por exemplo, é possível construir uma peça que tenha o exterior forte, mas que seja oca por dentro, sendo leve.
A impressão 3D é usada atualmente para criar protótipos e não para produtos mainstream, mas a tendência pode começar a mudar rapidamenta, estima a CNet. Alguns especialistas e autores de ficção vaticinam um futuro onde as impressoras 3D possam usar diferentes materiais e sejam usadas para criar tudo, desde órgãos humanos a peças automóveis.
A Metal Jet ainda não é um produto acabado, mas já se conhece o método de funcionamento. Tudo começa com uma camada de metal em pó que é polvilhado com uma espécie de cola a cada passagem. Um produto com 430x320x200 milímetros pode ser criado em quatro a cinco horas, com uma resolução bastante elevada. A unidade de medida mais pequena aqui usada, o voxel, mede 20x20x50 microns,ou milionésimos de metro (o cabelo humano, por exemplo, mede 17 a 181 microns de diâmetro). As peças são depois aquecidas para que a cola aguente mais tempo e o pó não usado pode ser reaproveitado. Segundo Weber, há ainda um segundo processo de acabamento, para aperfeiçoar o produto.
O responsável da HP promete tempos de impressão mais rápidos, com recurso à tecnologia HP PageWide e custos de impressão mais baixos, uma vez que a marca cria os seus próprios equipamentos.
A consultora McKinsey explica que a impressão 3D é uma parte muito pequena da indústria dos metais, mas está a crescer bastante rápido. A firma acredita que o setor chegue a valer dez mil milhões de dólares entre 2030 e 2035.