Um grupo de investigadores do Dalian Institute of Chemical Physics, na China, conseguiu um avanço importante na longevidade das baterias de fluxo redox, nas quais a corrente elétrica é gerada por componentes dissolvidos em líquidos armazenados em lados opostos de uma membrana. As vantagens deste tipo de baterias passam pela capacidade de permitir escalar de forma mais simples o armazenamento de energia e o baixo custo de propriedade, com uma das desvantagens a ser a necessidade de uso de metais raros.
Estas baterias dividem-se em aquosas e não-aquosas, dependendo do solvente usado (água nas AOFB e um material orgânico nas NAOFB). Dentro das AOFBs, existem diversas variantes, classificadas de acordo com o pH do eletrólito, com o custo da oferta e com os benefícios de escala. As ORAms sofrem de reações paralelas que levam à desativação se não forem usadas com um gás inerte e isso leva a um aumento do custo de manutenção da mesma. A equipa chinesa liderada por Zhang Changkun e Li Xianfeng desenvolveu um novo derivativo com elementos ativos que fornece estabilidade no ar e podem ser usado nas AOFBs.
A proposta passa por combinar métodos químicos e eletroquímicos in situ para sintetizar o derivativo, tornando mais fácil a purificação, escalabilidade e manutenção de baixo custo da ORAM. Na componente eletroquímica, é possível adicionar estruturas que protegem o derivativo de reações paralelas indesejadas.
Em testes, esta bateria, com um eletrólito de 1,5 mol/L tem estabilidade ao longo de 850 ciclos, o equivalente a cerca de 40 dias, com uma capacidade de 50 Ah por litro. Com a introdução de um fluxo de ar contínuo, a bateria funcionou sem perda de capacidade durante 600 ciclos, ou aproximadamente 22 dias.
Em comunicado citado pelo Interesting Engineering, Li conta que “com este estudo, esperamos conseguir abrir um novo campo no design de estabilidade aérea molecular para armazenamento eletroquímico de energia sustentável”.