“O desenvolvimento de baterias sólidas é essencial para o avanço da eletrificação automóvel, já que estas prometem mais durabilidade, velocidade de carregamento e maior rentabilidade de produção”, descreve Luís Oliveira, o investigador principal em muitos dos dez consórcios europeus de que o INEGI faz parte. O Instituto tem a seu cargo a resposta a várias questões relacionadas com o desenvolvimento de componentes de células de baterias sustentáveis.
As baterias revestem-se de particular importância para o objetivo europeu de ter 30 milhões de veículos elétricos nas ruas até 2030 e atingir uma mobilidade mais limpa e sustentável.
A equipa de especialistas do INEGI está a trabalhar na elaboração de um conjunto de diretrizes de ecodesign, para orientar os futuros fabricantes na otimização do ciclo de vida dos produtos e aborda as fases de extração da matérias-primas, produção, uso, segunda vida e descarte ou reciclagem final.
O Instituto está também a suportar a análise e desenvolvimento de processos de fabrico baseados em técnicas que permitem reduzir o impacto ambiental e o consumo de energia para potenciar a reutilização e reciclagem, aumentar o custo-benefício e a segurança dos produtos.
Todos estes projetos e trabalhos têm como meta a implementação da primeira linha de produção piloto de baterias automóvel de quarta geração até meados de 2026. Há vários projetos a decorrer até 2030, num investimento total superior a 34 milhões de euros e financiados ao abrigo do programa Horizon Europe que pretendem ajudar a alcançar uma Europa neutra em emissões até 2050 e criar uma indústria de sistemas de armazenamento de energia europeia capaz de competir nos mercados internacionais.