O sistema desenvolvido pelos investigadores do Computer Science and Artificial Intelligence Laboratory (CSAIL) do MIT tira partido de um algoritmo de Inteligência Artificial que ‘lê’ os sinais recolhidos por sensores e que monitorizam o utilizador. O objetivo é fornecer uma forma de vigilância sem recurso a câmaras, que muitas vezes são conotadas como uma invasão de privacidade.
O tapete ‘inteligente’ pode ser usado em sistemas personalizados de saúde, em casas inteligentes e até em contexto de gaming. Para os profissionais de saúde que acompanham doentes à distância, esta pode ser uma forma menos intrusiva de estar sempre alerta e perceber se está tudo a correr como suposto.
O modelo de Inteligência Artificial consegue identificar se o utilizador está a fazer determinados exercícios físicos, alongamentos ou simplesmente em pé. Os investigadores usaram uma recriação tridimensional do corpo humano e criaram mapas de pressão para tornar o tapete mais inteligente. A equipa explica que “desenvolvemos um tapete de baixo custo, elevada densidade e inteligente que permite registar em tempo real as interações do ser humano com o chão, de uma forma fluida”.
Segundo a ZDNet, este tapete mede cerca de três metros quadrados e tem mais de nove mil sensores dispostos em grelha, juntamente com circuitos que os ligam. O equipamento tem uma base de mais de 1,8 milhões de inputs sincronizados entre táteis e visuais de dez pessoas a realizar atividades como deitar-se, andar ou exercitar-se. O tapete consegue interpretar sinais dos pés, membros e tronco.
A equipa vai agora continuar a aperfeiçoar a criação, com vista a trazê-la para o mercado para as mais diversas aplicações.