EUA e Rússia já o conseguiram no passado e a China quer tornar-se a terceira potência a conseguir ir até à Lua e voltar com amostras de rochas lunares. A sonda Chang’e-5 vai ser lançada esta semana com destino a Oceanus Procellarum e tentará recolher até dois quilos de rochas.
Os EUA, com o programa Apollo, conseguiram já levar 12 astronautas até à Lua, em seis voos entre 1969 e 1972, e trouxeram para a Terra mais de 380 quilos de rochas e amostras de solo. Já a Rússia enviou três missões com sucesso na década de 1970, com a última, a Luna 24, a ter trazido 170,1 gramas de amostras.
A escolha do local de alunagem da sonda chinesa prende-se com a probabilidade de encontrar maior diversidade de materiais. O objetivo da comunidade científica é conseguir perceber durante quanto tempo é que a Lua se manteve ativa vulcanicamente no seu interior e quando é que o seu campo magnético – que protege as formas de vida à superfície da radiação solar – acabou por dissipar-se.
A missão chinesa passa pelo envio de uma sonda para a atmosfera da Lua e depois pela colocação de dois veículos para a superfície: um para perfurar o solo e transferir as amostras de solo e rocha para o segundo que trará os materiais de volta para o módulo em órbita. Uma cápsula vai assegurar depois o retorno para a Terra.
Durante a próxima década, a China pretende estabelecer uma base robótica na Lua, sem humanos, que ajude a explorar a zona do polo sul do astro, através das missões Chang’e-6, 7 e 8. O país pretende ainda recolher amostras de Marte em 2030.