A presença humana de longo prazo na Lua (ou em qualquer planeta) está dependente da capacidade de criação de oxigénio no próprio local. Investigadores da Agência Espacial Europeia (ESA) já criaram o protótipo de uma instalação onde se converte o pó lunar em oxigénio. Nesta fase, a fábrica experimental usa pó simulado para criar o oxigénio para ser respirado e para ser usado em combustível.
O método usado assenta em desbloquear as grandes quantidades de oxigénio presente no regolito, o material solto que cobre rochas sólidas, usando eletrólise de sais derretidos que aquece o pó e transfere o oxigénio juntamente com o sal até que seja recolhido num ânodo, noticia o Engadget. Este é o processo básico que já foi usado para a produção de metais e ligas na Terra, mas a ESA ajustou-o para se assegurar de que o oxigénio extraído podia ser medido.
Os desafios para os investigadores da ESA passam agora por descobrir a forma mais eficiente de alojar o oxigénio e perceber quais as ligas que serão mais úteis de se produzir com este método.
A fábrica que deve ser usada em testes na Lua deve estar construída em meados desta década e deverá servir para se testar a produção de ligas, combustível e oxigénio para se respirar a partir dos pós que revestem a superfície lunar.