Há uma comunidade a trabalhar em conjunto para salvar os rinocerontes da extinção. No Quénia, há guardas armados a vigiar os três últimos rinocerontes brancos do norte do planeta e há pouco mais de algumas dezenas das espécies de Java e da Sumatra. Neste momento, apenas 29 mil destes animais vivem em cativeiro, depois de no início do século XX se terem contabilizado mais de 500 mil.
O corno de rinoceronte tem um valor de mercado por quilo superior ao da cocaína e ao do ouro, o que torna estes animais um alvo apetecível. Há empresas tecnológicas, como a Ceratotech, a Rhinoceros Horn e a Pemblent que querem criar substitutos para este material em laboratório, salvando assim a espécie. As soluções passam por bioimpressão 3D com recurso a queratina sintética. As empresas dizem que o material bioimpresso é geneticamente igual ao corno autêntico, noticia a Cnet.
A estratégia passa por inundar o mercado com este artigo produzido em laboratório, embora haja algumas críticas. Os conservadores defendem que estas manobras vão fazer aumentar a procura pelo corno, uma vez que estarão a passar ao mercado a mensagem de que o material tem mesmo propriedades terapêuticas. Grupos organizados poderão também tentar vender o material sintetizado, fazendo-o o passar por autêntico.
Investigadores do San Diego Zoo e do Leibniz Institute for Zoo and Wildfire Research querem tentar algo diferente: “criar” rinocerontes do zero, usando células estaminais. O plano contempla a inseminação de células estaminais dos três rinocerontes brancos do norte em esperma e óvulos para realizar fertilizações in vitro, embora a tecnologia atual ainda não o permita a 100%.
No sentido de proteger os animais em cativeiro, há organizações que propõem instalar um sistema RAPID, de Real-time Anti-Poaching Intelligence Device) no corno dos rinocerontes. Este kit inclui um sistema GPS, uma câmara e um sensor de batimento cardíaco, que alerta as equipas de defesa se se registarem alguns desvios. Este plano parece ter sido abandonado entretanto.