A quarta edição concurso de ideias que Fraunhofer Portugal Challenge dá a conhecer à tarde seis projetos com capacidade para mudar o mundo – ou pelo menos a vida de seis estudantes de mestrado e doutoramento de universidades portuguesas. Os seis finalistas do Fraunhofer Portugal Challenge vão saber esta tarde qual a classificação final deste concurso de ideias destinado a universitários. Durante uma cerimónia que tem lugar nas instalações dos Fraunhofer, no parque UPTEC, o centro de investigação vai anunciar os 1º,2 e 3º lugares das categorias de mestrado e doutoramento. O primeiro lugar da categoria de mestrado deverá receber um prémio de 2000 euros; o primeiro lugar da categoria de doutoramento será premiado com 3000 euros. O concurso levado a cabo pelo centro de investigação portuense tem por objetivo o desenvolvimento de ideias de negócio que preenchem lacunas conhecidas do dia-a-dia ou de uma atividade económica. Os seis finalistas do Fraunhofer Portugal Challenge pretendem encarnar esse espírito prático. Eis as descrições:
Categoria de Mestrado
O jogo: É possível controlar um jogo com as expressões faciais? André Mourão, investigador André Mourão, mostrou que o conceito é viável, com o desenvolvimento de um jogo que é controlado consoante “as caretas” que são feitas por cada um de dois jogadores. O jogo prevê premiar a veia teatral de cada pessoa, que terá de imitar rostos de tristeza, surpresa, felicidade e outros estados de espírito que vão sendo solicitados. A solução, que é suportada por tecnologias de reconhecimento facial, poderá revelar utilidade em sessões de terapia da fala.
O novo RFID: André Santiago, do Instituto Superior Técnico, desenvolveu uma nova geração de etiquetas RFID que se distingue pelo elevado alcance da leitura e o baixo custo e que poderão ser usados para identificação e localização de objetos ou animais.
O Smartphone que anda: O telemóvel acompanha o utilizador – e por isso pode ser o dispositivo mais bem posicionado para recriar o comportamento motor de uma pessoa. Na Universidade Nova de Lisboa, Inês Machado criou uma solução que deteta alterações comportamentais do utilizador e permite efetuar, remotamente, diagnósticos de patologias que se manifestam pela forma como os humanos se movem.
Categoria de Doutoramento
Software multi-agente: António Castro desenvolveu, na Universidade do Porto um software com vários agentes autónomos, que têm capacidade de aprendizagem e também de decisão, e que prometem aumentar a eficiência e reduzir custos Centros de Controlo Operacional das Companhias Aéreas. A sinopse do projeto promete reduções de custos entre 13% e 58%.
Genes à medida: Na Universidade do Minho, começou a ser trabalhado um modelo que promete abrir caminho à programação de genética de organismos. A solução criada por João Guimarães recorre a modelos computacionais, que têm em conta várias combinações de ADN de um dos organismos (o Escherichia coli) mais usados em atividades industriais. O recurso a modelos computacionais promete acelerar o desenvolvimento de novos produtos.
Pesquisas cronológicas: Há mais pesquisas para além do Google – e foi isso que Ricardo Campos, da Universidade do Porto, tratou de demonstrar com o desenvolvimento de várias aplicações que otimizam a pesquisa de informação e inserem contextos históricos que evitam ambiguidades e mal entendidos. Os dois meta-motores de busca estão aptos a operar em diferentes idiomas, têm em conta diferentes categorias e eliminam datas irrelevantes.