O estudo de Alexei Sharov e de Richard Gordon assume que a vida também se rege por uma Lei semelhante à de Moore e aumenta de complexidade de forma exponencial ao longo de períodos acelerados de tempo. Ao analisar e desmontar a complexidade, os investigadores afirmam que a vida terá surgido muitos anos antes do planeta Terra. Os cálculos destes cientistas estimam que o genoma com complexidade igual a zero, ou seja, o primeiro, terá surgido há 9,7 mil milhões de anos, noticia o io9. Isto quando a comunidade científica é unânime ao afirmar que o planeta Terra terá 4,5 mil milhões de anos.
A Lei de Moore estima que a capacidade de computação vai duplicar a cada 18 meses, levando a um aumento exponencial na complexidade dos computadores. Desta forma, podemos estimar as capacidades das tecnologias do futuro, bem como analisar a evolução para trás, ou seja, até à epoca dos transístores com circuitos integrados na década de 1960.
Sharov e Gordon explicam que a vida humana duplicou a sua complexidade, não de 18 em 18 meses, mas sim a cada 376 milhões de anos.
Estes cientistas vão mais à frente e justificam que a vida terá sido criada por alienígenas e “plantada” no planeta Terra. Os críticos deste estudo apontam que a dupla de investigadores não pode afirmar que a evolução foi sempre estável ao mesmo ritmo. Ao invés disso, defendem o Equilíbrio Pontuado, onde há períodos de evolução rápida que contrastam com períodos mais lentos. A maior crítica prende-se ainda com o facto de não haver uma definição consensual e inequívoca do que pode ser considerado “complexidade”. As definições em uso atualmente não são aceites por todos, pelo que a complexidade aplicada à vida humana pode considerar apenas o número de células, o tipo de células, o tipo de corpos, o conteúdo dos genomas ou o número de núcleos funcionais.