O fenómeno ocorreu a uma hora em que a maioria da população se deslocava para o emprego ou para a escola: no céu, um foco de luz a deslocar-se a grande velocidade começou por chamar a atenção após um estrondo que terá sido causado pela entrada do objeto ainda não identificado – mas que as autoridades admitem ser um meteorito – a entrar na atmosfera. O alegado meteorito implodiu pouco antes de chegar ao solo, criando uma cúpula de luz e gerando vários danos no solo.
O impacto desativou redes de telemóveis, alarmes de automóveis e implodiu vidros de várias habitações. Seis cidades situadas na cadeia montanhosa dos Urais terão sido afetadas pela queda do meteorito.
A Reuters informa que mais de 150 pessoas foram atingidas por estilhaços de vidros; a France Presse refere que cerca de 250 pessoas ficaram feridas; mas há notícias veiculadas que dão conta de 500 feridos, três dos quais em estado considerado grave. Não há para já notícias de mortos.
Os habitantes locais referem que a queda do meteorito foi visível a mais de 200 quilómetros de distância, na cidade de Yekaterinburg. Há relatos que dão conta de um grande estrondo a 10.000 metros de altitude – o que pode dever-se à entrada do meteorito na atmosfera terrestre e ao consequente atrito causado por este fenómeno.
A 1500 quiulómetro para Oeste, em Moscovo, o presidente Vladimir Putin e o primeiro-ministro Dmitry Medvedev foram informados do sucedido, mas ainda não reagiram.
As autoridades locais aconselharam os habitantes de Chelyabinsk a manterem-se nas suas casas e só saírem se for necessário recolher algum familiar. Há notícias de colisões provocadas por vários detritos que caíram no solo na sequência deste fenómeno ainda por explicar.
Um dos muros da unidade de produção de zinco de Chelyabinsk terá ficado destruído. Não notícias de que as infraestruturas e unidades militares situadas na região tenham sofrido danos.
A queda do meteorito surge precisamente no mesmo dia em que a NASA e várias agências espaciais previam a passagem de um asteroide 2012 DA14 a uma distância muito reduzida da Terra, que o tornaria visível astrónomos e curiosos a partir do continente asiático. Apesar da coincidência, não há, para já, qualquer dado que estabeleça relação entre a passagem do asteroide 2012 DA14 e a queda do meteorito.
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