Os implantes usados hoje em dia têm entre 24 e 60 elétrodos e não devolvem completamente a visão aos doentes. Próteses como a Argus II ou a da Bionic Vision Australia permitem apenas distinguir o claro do escuro ou identificar algumas formas de objetos. Ler um texto, por exemplo, é uma tarefa bastante difícil para quem use estes implantes.
Ambas as empresas afirmaram estar a trabalhar num implante de próxima geração, para encaixar totalmente na cavidade ocular do paciente, com mais de 200 elétrodos. Estes implantes, noticia a Technology Review, vão permitir a visualização de imagens de alta definição. Shawn Kelly, que trabalha em bioengenharia na Universidade Carnegie Mellon, explica que «elétrodos mais pequenos permitem aproximar-nos dos nervos individualmente» e oferecer maior definição.
A empresa israelita Nano Retina, por exemplo, desenvolveu um implante com fotossensores, circuitos e 676 elétrodos que cabem na unha de uma criança e não precisam de câmara ou qualquer outro fio. O objetivo é desenhar uma prótese para humanos com até 5000 elétrodos, que consiga restaurar a visão 20/20 em humanos.