Através de um novo algoritmo conhecido por BlueMatter, os investigadores norte-americano recorreram à supercomputação para identificar e localizar as múltiplas relações que se estabelecem entre as áreas do córtex e do sub-cortéx de um cérebro, num projecto que envolve ainda técnicas de ressonância magnética não invasivas.
Segundo a Cnet, os investigadores já alcançaram dois objectivos de monta: 1) a identificação de mais de mil milhões de neurónios e de 10 biliões de sinapses (pontos de contacto dos neurónios) que são usadas durante os processos de aprendizagem e 2) desenvolvimento do algoritmo que terá por objectivo reproduzir em ambiente de simulação os processos de aprendizagem e funcionamento do cérebro humano.
Com este processo, os investigadores conseguiram reproduzir um cérebro de um felino.
Os especialistas estimam que o cérebro humano é 20 vezes mais complexo, pelo que, na melhor das hipóteses, só dentro de 10 anos deverá entrar em funcionamento o primeiro computador que "pensa" como um humano, não se limitando pura e simplesmente a trocar informação entre processador, memória RAM, e disco rígido.
Mais do que o desenvolvimento de autómatos que pensam como os seres humanos, o projecto de computação cognitiva da IBM tem em vista a descoberta de novas arquitecturas de computação que permitam processar o crescente fluxo de informação das sociedades contemporâneas.