O Cambridge Centre for Alternative Finance disponibilizou uma ferramenta online que faz uma estimativa em tempo real do consumo de energia da rede da criptomoeda bitcoin, como adianta a BBC. Segundo o portal, o consumo anual atual é de 60,45 TWh, o que é superior, por exemplo, ao consumo total de energia registado em Portugal em 2018 – que segundo dados da REN, foi de 50,9 TWh.
«Esta secção tenta providenciar uma base imparcial e objetiva para ajudar os visitantes a avaliarem de forma independente a magnitude do consumo de eletricidade do Bitcoin e compará-lo com outros usos de eletricidade», lê-se no site da ferramenta, apelidada de Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index.
Por exemplo, a energia usada pelas bitcoins seria suficiente para alimentar todos os fervedores de água da União Europeia durante um ano e meio.
O site também salienta que o consumo exato de eletricidade da rede das bitcoins não pode ser determinado, motivo pelo qual o índice mostra três estimativas – uma mais conservadora e com valores mais baixos, outra que faz uma estimativa por excesso e uma terceira – que resulta da média do valor mais baixo e mais alto – que estará mais em linha com o consumo real.
Esta foi a abordagem escolhida, pois como também é dito no site, quem minera bitcoins pode usar uma grande variedade de modelos ASIC e que têm diferentes níveis de eficiência energética.
Esta não é, no entanto, a primeira ferramenta que faz uma estimativa do consumo de energia por parte da rede Bitcoin. A plataforma Digiconomist já faz a monitorização do gasto de energia do Bitcoin há vários meses e atualmente estima que o consumo anual ronde os 70,42 TWh, um valor que acaba por ser consideravelmente superior ao da ferramenta da universidade de Cambridge.