Portugal fez 139 pedidos à Apple de acesso a informação relacionada com dispositivos da marca, entre 1 de julho e 31 de dezembro de 2018. O valor foi divulgado pela empresa no seu mais recente relatório de transparência.
Ao todo, as autoridades portuguesas requisitaram informação relativa a 157 equipamentos. Do total de pedidos feitos por Portugal, a Apple forneceu dados em 87 casos, o que corresponde a uma taxa de colaboração de 67%.
Segundo a tecnológica, a maior parte dos pedidos de Portugal e outros países relativamente a equipamentos são feitos pelas forças de segurança em casos de roubo ou perda de dispositivos.
Portugal fez ainda três pedidos de identificadores financeiros à tecnológica norte-americana, tendo a Apple acedido em dois destes casos. Segundo a empresa, estes pedidos são feitos pelas autoridades quando há suspeitas de uso indevido de cartões de crédito de utilizadores na compra de equipamentos da marca.
De Portugal houve ainda quatro pedidos sobre informação de quatro contas de utilizadores Apple, com a gigante americana a ter fornecido dados apenas num destes casos. A empresa diz que por norma os países querem saber detalhes sobre as contas de iTunes ou iCloud, sendo que neste último caso o pedido pode mesmo envolver o acesso a imagens, emails e contactos do utilizador, assim como a possíveis backups de dispositivos iOS.
Num outro pedido em separado, as autoridades portuguesas pediram à Apple que preservasse a informação de um utilizador durante 90 dias, que na prática permite às autoridades terem acesso a todos os dados daquele utilizador na data pedida, enquanto aguardam pela autorização legal para obter acesso às informações, mas evitando assim que informação com relevância venha a ser eliminada de forma definitiva.
Destaque ainda para o facto de a Apple ter recebido 494 pedidos de emergência, em todo o mundo, durante o segundo trimestre do ano, que são requisições em casos nos quais alguma pessoa pode estar em perigo – quando alguém desaparece, por exemplo. Nesta área específica, as autoridades portuguesas não fizeram qualquer pedido.
A tecnológica de Cupertino recebeu ainda 80 pedidos a nível mundial de remoção de aplicações da App Store, que resultou na eliminação de 634 apps da loja de conteúdos. Destaque nesta área para a China, país que fez 59 dos pedidos.