Não é a primeira vez que Elon Musk anuncia a condução autónoma. Já o tinha feito no final de 2016 quando a Tesla mostrou um vídeo de um dos seus carros a operar de modo totalmente autónomo num percurso complicado. Mas, na altura, a Tesla usava a tecnologia da Mobileye, parceria que foi desfeita e levou a marca sul-californiana a começar a desenvolver a sua própria tecnologia de auxílio à condução.
Durante a apresentação dos resultados financeiros do último trimestre do ano passado, caracterizados por prejuízos de 675 milhões de dólares, Elon Musk, em reposta a uma pergunta, informou que a Tesla já podia ter demonstrado um carro a funcionar de modo autónomo, mas essa seria uma solução apenas válida para um determinado percurso. Depois, de acordo com o Techcrunch, Musk acabou por referir que «provavelmente conseguiremos fazer uma viagem costa a costa em três a seis meses».
O CEO da Tesla confirmou que esta funcionalidade vai chegar aos clientes, mas não indicou qualquer data. Recorde-se que a Tesla já há muito tempo que vende carros indicado que estão preparados, em termos de hardware, para a condução autónoma, funcionalidade que, ainda segundo a marca, só dependerá de uma atualização do software e de um quadro legal que o permita.
Na mesma apresentação, Elon Musk voltou a desvalorizar a importância do LIDAR, tecnologia não disponível nos Tesla, mas considerada indispensável por muitos especialistas que estão a desenvolver condução autónoma de níveis 4 e 5 da (sem qualquer apoio do condutor). Para Musk, o LIDAR é apenas «uma muleta» e o reconhecimento ótico através de câmaras é suficiente para atingir a condução autónoma.
Há algumas semanas, a empresa de estudos de mercado Navigant colocou a Tesla em último lugar numa corrida a 19 para atingir a condução autónoma. Segundo a Navigant, esta corrida é liderada pelas empresas GM, Waymo (ex-Google), Ford, Daimler-Bosch, grupo Volkswagen, BMW-Intel-FCA, APtiv e Renault-Nissan.