As autoridades reguladoras da União Europeia aprovaram o uso de um sistema autónomo e com Inteligência Artificial que consegue analisar radiografias e enviar relatórios aos pacientes nos quais as imagens estejam completamente limpas e sem quaisquer anormalidades. O sistema ChestLink da empresa Oxipit vai permitir aos radiologistas poupar tempo e focarem-se apenas nas imagens que sejam assinaladas como tendo qualquer elemento ‘estranho’ ou sinal de doença.
A ferramenta consegue obter o selo CE, que corresponde a dizer que é de utilização segura e a atribuição desta aprovação surge como uma grande meta alcançada pela Inteligência Artificial. A empresa pretende agora conseguir a certificação equivalente da FDA, nos EUA.
O The Verge lembra que as organizações profissionais de radiologistas dos EUA assinaram uma carta conjunta em que consideravam que os sistemas de Inteligência Artificial ainda não estavam prontos para ser usados em imagiologia clínica, com os programas a serem demasiado inconsistentes e a não apresentarem um desempenho satisfatório nos grupos de pacientes fora do ambiente em que foram desenvolvidos.
Já a Oxipit defende que o sistema ChestLink apresentou zero erros “clinicamente relevantes” durante a fase de piloto em diversas localizações. A empresa recomenda que, quando se introduza uma nova configuração, sejam feitas auditorias prévias e que os primeiros tempos de utilização da ferramenta sejam sempre supervisionados antes de se avançar com a utilização completamente autónoma.
A expetativa é de que a ChestLink possa começar a ser usada já em 2023.