As áreas em que se prevê maior procura
> Tecnologias da informação
A tendência já se verificava antes da pandemia, mas a necessidade de profissionais de tecnologias de informação acelerou durante esta crise, e essa tendência deverá ser reforçada numa economia cada vez mais digital. “Os perfis e as funções ligados à transformação digital das empresas serão os mais beneficiados, com particular ênfase para os postos de tecnologia”, indica Rui Teixeira, COO do ManpowerGroup Portugal.
> Saúde e bem-estar
O IEFP observa que “as áreas da saúde e do bem-estar têm vindo a ser valorizadas desde o início da pandemia e tendem a continuar a sê-lo”. O instituto refere ainda que “também as áreas ligadas ao apoio domiciliário ou ao trabalho em lares, num País em que o peso da população idosa e dependente é significativo, têm vindo a ser reconhecidas e valorizadas”.
> “Colarinhos verdes”
O investimento maciço que os governos europeus contam fazer na transição energética deverá criar oportunidades nas áreas ligadas ao ambiente e à sustentabilidade. Profissões que, em alguns casos, têm elevada tecnicidade e poderão ajudar a absorver trabalhadores de indústrias com grande pegada carbónica.
> Funções especializadas
Rui Teixeira recomenda também a aposta em algumas áreas técnicas em que os estudos indicavam já uma falta de profissionais qualificados antes da pandemia, tendência que deverá continuar depois da crise. O responsável aponta para a escassez de talento em funções especializadas, como é o caso dos eletricistas, condutores, mecânicos e outros domínios técnicos, nomeadamente o controlo de qualidade.
Caminhos úteis para ficar no radar dos empregadores
> Manter e reforçar a rede
O distanciamento imposto pela pandemia vinca ainda mais a necessidade de manter vivo o leque de contactos, sobretudo nas redes sociais. Ter o currículo atualizado, consultar frequentemente o LinkedIn e interagir com as ligações existentes pode ajudar a abrir portas para um regresso ao mercado de trabalho ou para um novo emprego. Nos casos em que tal é possível, demonstrar experiência em tecnologias de trabalho remoto pode ser um ponto diferenciador.
> Apostar na formação
Não será cenário possível em todos os casos – dado sobretudo o custo envolvido –, mas o ideal para quem se encontra entre empregos, ou procura uma primeira colocação, será aproveitar para investir em formação e na melhoria de competências, através, por exemplo, de pós-graduações. No caso das tecnologias, uma das áreas mais quentes, muitas ofertas requerem competências em plataformas, sistemas e linguagens de programação como Java, outsystem, QA, SAP, Cyber ou Python, segundo o COO do ManpowerGroup, Rui Teixeira.
> Em cima das ofertas
“É fundamental estar atento ao mercado. Não parámos, as oportunidades que existem hoje são muito reais. Quem está a recrutar é porque tem muita necessidade de que aquela posição seja preenchida”, defende Pedro Borges Caroço. O Senior Executive Manager da Michael Page aconselha quem procura emprego a continuar empenhado na pesquisa, a procurar o mais possível nos sites, a perceber para onde está a ir o mercado, potenciando essas oportunidades. “Todas as posições estão a ser fechadas com sucesso, porque são poucas e fundamentais”, conclui.