Em Estrasburgo para a comemoração dos 20 anos do euro, o presidente do Eurogrupo foi cauteloso na resposta a perguntas sobre o Brexit feitas pelos jornalistas portugueses, deixando uma ideia principal: uma saída sem acordo seria o pior cenário possível.
Os deputados britânicos vão votar esta noite o acordo negociado entre o governo de Theresa May e a União Europeia, esperando-se que ele resulte num chumbo, que colocará novos e mais desafiantes interrogações ao processo de saída do Reino Unido.
A 800 km e distância, em Estrasburgo, Mário Centeno desejou apenas que o Brexit não seja feito sem acordo. “Hoje, os político do Reino Unido têm nas mãos os destinos deste processo. É evidente que tem de haver um acordo. Este acordo, outro acordo… uma saída não ordenada não é uma solução para ninguém”, afirmou. “O pior cenário para todos é uma saída sem acordo.”
O ministro das Finanças português também voltou a notar que o Brexit é “uma má resposta para um problema real” e que o Reino Unido “responde melhor” às suas dificuldades “dentro da União Europeia”.
Embora se esteja a revelar um processo moroso, para o presidente do Eurogrupo, o mais importante é que a decisão seja tomada com toda a informação possível. “Devemos sempre tomar decisões informadas. Às vezes essa informação demora mais tempo a obter. Aquilo que caracteriza muito do processo político hoje no mundo e na Europa é a tentação de obter respostas simples a problemas complexos”, acrescentou.
O jornalista viajou a convite do Parlamento Europeu.