Parte do negócio do retalho da Sonae deverá em breve entrar em bolsa, aumentando o número de unidades cotadas daquele universo empresarial. A oficialização da intenção da nova entrada no mercado foi feita esta segunda-feira à noite, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
No documento a empresa diz ter mandatado o Barclays, o BNP Paribas e o Deutsche Bank para as reuniões exploratórias com potenciais investidores tendo em vista a admissão à cotação. Em todo o caso é objetivo da Sonae manter o controlo acionista da Sonae MC e da Sonae RP (que hoje detém a 100%) caso estas entrem em bolsa, refere o comunicado.
A Sonae MC detém ativos como os hipermercados Continente, as lojas Continente Bom Dia e o franchising Meu Super, além de conceitos de restauração como Bom Bocado ou Go Natural, incluindo ainda as lojas de animais ZU e a Well’s e Dr. Well’s na área da saúde. A Sonae RP (Retail Properties) é responsável pela gestão do património imobiliário do retalho.
Caso estas duas unidades venham a cotar – já que ainda não foi tomada “qualquer decisão formal” –, e se tal vier a acontecer em Lisboa, aumenta o número de empresas do universo listadas no mercado de capitais nacional, onde já se contam a Sonae, a Sonae Capital, a Sonae Indústria e a Sonaecom.
Serão também adições ao mercado nacional que, nos últimos meses, tem assistido à partida de várias empresas cotadas. A Luz Saúde viu aprovada em abril a perda de sociedade aberta enquanto a Cimpor e as unidades do fundo de participação do Montepio deixaram de cotar no ano passado.
A Sumol+Compal e SDC Investimentos também aprovaram a perda da qualidade de sociedade aberta. A SAG manifestou igualmente a intenção de deixar de cotar mas desconvocou entretanto a assembleia-geral por não haver acionistas que pudessem comprar os títulos dos investidores que se opusessem à perda de sociedade aberta.
As ações da Sonae reagem em alta esta terça-feira, avançando 0,17% para 1,15 euros.