Após sucessivas especializações em novos segmentos de negócio, a Filkemp, presidida e gerida por Wolfgang Kemper, assumiu a liderança mundial no mercado dos fornecedores de fios técnicos (monofilamentos em poliéster) para telas de grandes máquinas da indústria de produção de papel. “Estamos entre os três maiores produtores mundiais deste tipo de fio de alta qualidade, que tem de ter sempre o mesmo diâmetro, entre 0,08 e 0,09 milímetros, e grande resistência para não quebrar, garantindo que as máquinas de papel produzem papel uniforme e de elevada qualidade ininterruptamente”, explica Markus Kemper, filho de Wolfgang Kemper e gestor do negócio. “A garantia dos nossos produtos é dada pela qualidade reconhecida ao nosso fio, que não tem variações de diâmetro, o que é fundamental neste sector, onde não pode haver paragens de produção imprevistas causadas por ruturas dos fios da tela, atendendo a que uma grande máquina de fabrico de papel custa cerca de 900 milhões de euros e a sua paragem tem custos financeiros muito elevados”, refere.
A Filkemp é uma pequena empresa industrial que tem vindo a aumentar sempre o número de postos de trabalho — emprega 161 pessoas — e “em breve precisará de contratar mais trabalhadores para responder aos novos negócios que irá lançar”. O segmento dos clientes produtores de papel representa metade da faturação da empresa, que este ano deve oscilar entre 19 e 20 milhões de euros. Longe vai o tempo em que Wolfgang Kemper comprou ao Grupo Hoechst, em 1998, a pequena fábrica perto de Lisboa em que produzia monofilamentos de poliamida. Embora os primeiros anos tenham dependido da produção de fio de pesca de alta qualidade, atualmente este segmento só representa cerca de 25% das vendas. Um dos grandes saltos na atividade da Filkemp foi dado com a entrada no mercado asiático, em 2007. Exporta para mais de 100 clientes a nível mundial.
Este artigo é parte integrante da Exame de Junho de 2017