O grave não é gritar com o rei
O grave não é gritar com o rei nem ter a veleidade de lhe dar ordens. O que não tem perdão é haver quem, num momento particularmente difícil, se aproveite do sofrimento dos outros. Para lama, já chega a que ainda se impregna nos bairros construídos no leito dos rios de Valência
Então, Kamala, o que se passou?
A candidata democrata começou tarde, mas, apesar de correr contra um adversário difícil, conseguiu pôr a máquina do partido a funcionar a seu favor. Afinal, o que falhou?
A vitória em que eu quero acreditar
Quero acreditar que as mulheres americanas, desagradadas com os retrocessos civilizacionais dos últimos anos, se mobilizaram para votar em Kamala Harris. E que essa mobilização feminina pode fazer a diferença nos EUA e, por arrasto, no mundo
"Swing states": Os estados a que vale mesmo a pena estar atento (e a que horas) nesta noite eleitoral
O que se passa nos sete estados que vão realmente decidir a corrida presidencial 2024
"Portugal passou a ser olhado de outra forma, está a tornar-se um país muito internacional, com muitos expatriados, muitos estrangeiros e uma comunidade artística cada vez mais forte"
Mariana Albuquerque, cofundadora e presidente da Albuquerque Foundation, em entrevista à VISÃO
Trump e o futuro encalhado dos europeus
Sustentado nas últimas décadas pelos EUA, o sistema de defesa europeia será posto à prova, disso não tenhamos dúvidas. E, se assim for, queira Deus que o futuro dos europeus não fique, também ele, empatado – palavra que, nessa altura, passará a ser mais ou menos um sinónimo de encalhado
Abusos sexuais na Igreja: Ainda a falta de empatia
Muito haveria a dizer sobre o exercício da Justiça em causa própria, sobre a cultura impregnada e a insistência em tratar do assunto (crimes!) “dentro de portas” (não vá o escândalo cair na praça pública). Diga-se apenas que continua a chocar imensamente a falta de empatia – é assim tão difícil calçar os sapatos dos outros?
"Se Deus não existe, não haverá mais nada depois disto. Eu sou um animal, tu és um animal, talvez como um grande mosquito. Vamos beber e comer, divertirmo-nos imenso, ninguém se vai lembrar de nada. É isto?"
Olivier Bonnassies e Michel-Yves Bolloré, autores do livro "Deus, a Ciência e as Provas", em entrevista à VISÃO
Carta aos professores
Aproveitando o incêndio político estar aparentemente em fase de rescaldo, me atrevo a perguntar: professores, vós que tendes a nobre missão de ensinar e de transformar, conseguireis agora pensar sobretudo nos alunos?
Casal Eames: O design e a alegria de viver
Para Charles e Ray Eames, o trabalho era indissociável da vida. Partilhavam ideias, uma maneira de criar, um certo olhar sobre o mundo. O seu apelido está associado ao desenho de algumas das mais célebres peças de mobiliário do século XX, embora, para eles, a função fosse mais importante
"A ideia da ‘matéria dada’ tem de desaparecer. Podem existir umas aulas, sobretudo motivacionais, para que os alunos fiquem com vontade de saber, mas cada vez mais eles vão aprender sozinhos"
Inês Lynce tem 49 anos e é a primeira mulher a presidir o INESC-ID, o Instituto de Engenharia de Sistema de Computadores do Instituto Superior Técnico, em Lisboa.
“Vive la France!”
Na semana passada, durante quatro horas, o que vi acontecer nas margens do Sena foi o melhor do ideal francês. Numa altura em que uma boa parte das nações se fecha sobre si próprias, em que as pessoas se recusam a dialogar umas com as outras e veem os outros (e, nomeadamente, os que são diferentes) como uma ameaça iminente, a cerimónia de abertura de Paris 2024 recordou-nos o espírito das Luzes: o progresso, a civilização e o futuro correspondem a uma atitude de abertura ao mundo. Daí o meu entusiasmo, porventura excessivo, admito: Vive la France!
Estamos a viver a era dos extremos?
Nos republicanos, mas também nos democratas, o discurso político tem acompanhado a subida da temperatura: os adversários são encarados como inimigos, e muitas vezes, até numa lógica de caça ao voto, são as vozes mais moderadas que se deixam contaminar pelo radicalismo
Pesadelo numa América em risco de guerra civil
O ódio dividiu os norte-americanos em dois blocos políticos, e o risco de conflito interno é cada vez mais latente e explosivo. Até onde chegará o duelo entre Biden e Trump, depois do atentado em Butler?
Livros que incomodam
A estratégia dos censores não tem variado muito. A ação costuma ser anunciada nas redes sociais e apresenta-se com um argumentário de que, supostamente, pretende proteger as crianças