Quando hoje, pelas 20 e 45, as equipas do Benfica, campeão nacional, e do FC do Porto, vencedor da Taça de Portugal, subirem ao relvado do Estádio de Aveiro, para disputarem o primeiro troféu (não é um título…) da época 2023/24, o nervoso miudinho já estará instalado em jogadores, secções técnicas, dirigentes e adeptos: ambos, Benfica e Porto, estão a viver uma crise de confiança. E isso acontece no pior momento possível: o jogo corresponde ao “pontapé de saída” da nova temporada futebolística que, desta vez, pode valer 100 milhões de euros. Ora, isto não é só futebol: it’s business as usual. Nunca uma época foi tão decisiva para que um dos grandes possa descolar da concorrência. A principal prova do futebol português, que começará no próximo fim-de-semana, é já considerada como o “campeonato dos 100 milhões”. É que, na próxima época, apenas o campeão nacional terá acesso direto à fase de grupos da “Champions”, competição que, coincidentemente, verá os prémios aumentados – e o vencedor poderá entrar na posse, à cabeça, de perto de 100 milhões de euros. Perante este objetivo, o potencial para que valha tudo, o golpe baixo, a dissimulação, a jogada de secretaria e a fraude, é agravado, o que exigirá de todos os agentes envolvidos a vigilância, a contenção e o bom senso que nem sempre abundam no futebol português. Neste contexto, se a Supertaça parecia ser apenas o prólogo da corrida, o jogo de logo à noite também é muito mais do que um simples jogo. É que, com pré-temporadas titubeantes, que deixaram inseguras ambas as massas adeptas, Benfica e Porto farão deste desafio o momento M (ou o dia D, como preferirem) de uma abordagem desportiva a uma época onde tudo pode acontecer. O Porto perdeu ou empatou com equipas menores (Wolverhampton, Rayo Vallecano) e o Benfica não fez melhor contra equipas ou menores (Burnley, recém promovido à Premier League) ou iguais (Feyenoord, campeão holandês, aonde os encarnados tinham ido buscar duas peças-chave, Ausners e Kokçu). Perante a insegurança
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