“Vivemos em sociedade e por isso temos de pensar que a cidadania ativa não é apenas votar, de quatro em quatro anos. É preciso conhecer as instituições à nossa volta e participar – seja na área desportiva, nas artes, na política ou outras associações da sociedade civil.
Isso obriga-nos a estar sempre atentos e ser interventivos. Na escola, um dos primeiros locais da nossa vida, criámos o Linka-te aos Outros, um programa que ensina os mais novos não só a olhar em volta como a detectar problemas e encontrar as soluções mais adequadas.
No fundo é o que a AMI faz – ou procura fazer. É preciso saber que não basta a boa vontade, a ajuda não se faz de voluntarismo, apenas. No caso das Filipinas, o que aconteceu é que tinhamos dois voluntários em viagem pela Ásia há quase um ano e que, no momento do tufão, estavam na ilha mais próxima de Leyte, uma das mais atingidas.
Já estão com uma equipa das irmãs da Ordem da Madre Teresa de Calcutá, que conhecem o terreno e saberão, melhor do que ninguém, identificar o que lhes faz falta. Nós aqui procuraremos encontrar o financiamento para esses bens, dinheiro esse que será usado localmente, para também ajudar a economia.
Como esses voluntáiros também se disponibilizaram imediatamente, isso facilitou-nos imenso a ajuda, porque seria muito dificil chegar lá rapidamente. É certo que as Filipinas são, frequentemente assoladas por este tipo de intempéries, mas quando toma estas proporções, ficamos a pensar nas alterações climáticas, que estarão sem dúvida por detrás destes fenómenos, cada vez mais frequentes.
E isso deve levar-nos também a refletir sobre a nossa ação sobre a Terra – e procurar soluções. “