No inquérito Stresse na América 2024, promovido pela Associação Americana de Psicologia (APA), pouco antes da eleição de Donald Trump, mais de 7 em cada 10 adultos (77%) afirmaram que o futuro do país era a maior fonte de stresse nas suas vidas. A economia foi a segunda referida (73%), seguida pelas eleições presidenciais que se avizinhavam (69%). Muitos especificaram ainda estar preocupados com o facto de o resultado eleitoral poder levar à violência (72%) e mais de metade disse acreditar que ele poderia representar o fim da democracia nos Estados Unidos da América (56%).
Estas percentagens vieram dar novamente razão a Kevin B. Smith, professor de Ciência Política na Universidade do Nebraska-Lincoln, nos EUA, que estuda há décadas a maneira como a política afeta o bem-estar das pessoas. “Há uma quantidade considerável e crescente de provas de que a política está a ter um efeito negativo num vasto leque de resultados em matéria de saúde”, comentou, entrevistado pela Monitor on Psychology, a revista da APA. “Esta conclusão vem de diferentes académicos que usam dados, abordagens e medidas diferentes”, observava, “e todos chegam à mesma conclusão: a política não é muito boa para nós.”