A amígdala (do grego amygdále, “amêndoa”, pelo latim amygdala) é a parte do cérebro responsável por orquestrar emoções. Para simplificar, costuma-se usar a palavra no singular, embora na realidade sejam duas pequenas estruturas de neurónios (em forma de amêndoa, pois), localizadas no interior dos lobos temporais do cérebro, que estão ativas durante os estados de medo e de ansiedade. É graças a elas que nos apercebemos das ameaças à nossa sobrevivência e ficamos alerta para fugir ou lutar. São, por isso, associadas a comportamentos relacionados com a segurança e a cautela.
Em 2011, foi a partir desse pressuposto que investigadores da University College London, no Reino Unido, decidiram comparar os cérebros de 90 estudantes conservadores e progressistas, através de exames de ressonância magnética. O estudo, então publicado na revista Current Biology e amplamente partilhado um pouco por todo o mundo, demonstrou que os jovens universitários que se diziam conservadores apresentavam um aumento do volume da amígdala direita.