Ouvido na Comissão parlamentar de Agricultura e Pescas, o ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, fez o balanço da gripe das aves em Portugal, dando conto de nove focos ativos da doença e pedindo o “o máximo cuidado” por parte dos produtores domésticos para evitar contacto entre aves domésticas e selvagens para impedir maior propagação.
O governante apelou ainda a quem tem aves que não as deixe estar ao ar livre.
No final de janeiro, foi confirmada a gripe das aves numa capoeira doméstica e em aves do Parque Urbano D. Carlos I, no concelho de Caldas da Rainha, em Leiria.
Mais de 840 focos de gripe das aves foram detetados na Europa, entre outubro de 2024 e janeiro de 2025, sobretudo na Hungria e em Itália.
A gripe das aves já afetou mais de 60 espécies de mamíferos em oito anos, incluindo cães, gatos, leões e porcos. A transmissão do vírus para humanos acontece raramente, tendo sido reportados casos esporádicos em todo o mundo. Contudo, quando ocorre, a infeção pode levar a um quadro clínico grave.
As medidas de controlo contra a gripe das aves incluem a inspeção dos locais onde a doença foi detetada, a remoção dos animais afetados e a limpeza e desinfeção, bem como a restrição da movimentação e a vigilância das explorações de aves existentes nas zonas de restrição (num raio de até 10 quilómetros em redor do foco detetado na capoeira doméstica).