Calcorrear as ruas de Madrid é sempre um gosto. A cidade fervilha, desde a Praça da Porta do Sol, onde se encontra o Quilómetro Zero das estradas espanholas, rumo às principais artérias da cidade, Calle Mayor, Calle del Arenal, Calle de Alcalá e Preciados. Aí, vale a pena apreciar a Real Casa de Correios do século XVIII e posar para a selfie junto à estátua do Urso e do Medronheiro, símbolo de Madrid.
Para os fãs do futebol espetáculo, a Praça de Cibeles, com a sua fonte, é local de celebrações desportivas, mas também ponto de partida para um triângulo cultural, com idas aos museus do Prado, Reina Sofía e Thyssen-Bornemisza, com o verde, fresco e arquitetónico Parque del Retiro por perto.
E porque não há bons passeios sem boa comida, em Madrid é obrigatório “ir de tapas”, e os mercados de San Miguel e de San Antón, no bairro da Chueca, são boas opções para picar presunto, azeitonas, croquetas, tortilla de patatas com uma ou duas cañas.
A estada em Madrid pode ser capitalizada com uma ida a Toledo, capital manchega que a personagem Dom Quixote de La Mancha eternizou, a curta meia hora de comboio.
No centro histórico, classificado Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, poucos carros circulam pelas ruas estreitas e íngremes, morada de lojas de cutelaria e pastelarias de maçapão.
Ponto de encontro de três culturas, a primeira capital de Espanha preserva os vestígios da presença árabe, judaica e cristã em diferentes épocas da História. De vários pontos da cidade, olha-se a imponente catedral, com a sua torre de 94 metros de altura, mais alta do que a de Sevilha e com influência da mesquita-catedral de Córdova. Dos miradouros fora das muralhas, e com o rio Tejo aos pés, temos das mais belas panorâmicas de Toledo, sobretudo ao entardecer.
Não perder Em Toledo, a confeitaria Santo Tomé é a mais antiga a fazer o maçapão, doce natalício feito com amêndoa, açúcar e mel, mas vendido o ano inteiro
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