A circulação de carne de aves de capoeira e ovos para consumo humano está, devido à gripe das aves, sob “restrição sanitária” em Viana do Castelo, Esposende e Barcelos. O comunicado foi feito pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), que confirmou um foco numa exploração de detenção caseira de aves de capoeira, na freguesia de Chafé, concelho e distrito de Viana do Castelo.
“Em Portugal, desde finais de julho de 2024 têm sido detetados vários casos de infeção por vírus da GAAP [Gripe Aviária de Alta Patogenicidade] do subtipo H5N1 em aves selvagens nas várias regiões do território do continente e a 14 de agosto confirmou-se esta doença em aves domésticas, nomeadamente numa exploração de detenção caseira de aves, localizada no concelho de Viana do Castelo”, lê-se.
Entre as limitações impostas encontra-se a circulação de aves, ovos, miudezas ou outros produtos à base da carne de “aves detidas e selvagens” detidas em estabelecimento, matadouro ou estabelecimentos de manipulação de caça ali localizados.
As proibições, que se aplicam a 26 freguesias, devem manter-se até 15 de setembro. A organização refere que por se tratar “uma exploração pecuária de detenção caseira o estatuto sanitário do país mantém-se inalterado”.
As freguesias de Viana do Castelo “sob vigilância” são Areosa, Santa Marta de Portuzelo, Vila Franca, Vila de Punhe, Barroselas e Carvoeiro, Mazarefes e Vila Fria, Santa Maria Maior e Monserrate e Miadela, Darque, Cardielos e Serreleis, Perre, Mujães, Subportela, Deocriste e Portela Susã, e Alvarães. Em Esposende, as freguesias afetadas são Forjães, Esposende, Marinhas e Gandra, Antas, Belinho e Mar, e Vila Chã. Em Barcelos, estão em causa as freguesias de Fragoso, Aldreu, Palme, Durrães e Tregosa.
Recorde que não existem evidências que a gripe das aves seja transmitida aos humanos através do consumo
de alimentos, tais como carne ou ovos. Ainda assim a DGAV apela a todos os detentores de aves que cumpram com rigor “as medidas de biossegurança e as boas práticas de produção avícola, que permitam evitar contactos diretos ou indiretos entre as aves domésticas e as aves selvagens”.
A notificação de qualquer suspeita deve ser realizada de forma imediata, à DGAV por “forma a permitir uma rápida e eficaz implementação das medidas de controlo da doença”, reforçam.