Se está a pensar comprar um automóvel em breve, deve certificar-se de que a sua nova viatura tem instalado o sistema de segurança REV (Reversing Detection System), que serve, de forma simples, para avisar o condutor quando algum veículo, objeto ou pessoa se aproximam. E não, não é sensor “normal” de marcha-atrás, já vamos à diferença.
Este detetor de trânsito em marcha-atrás é uma versão melhorada dos sensores de estacionamento já conhecidos (e que fazem parte dos ADAS (Advanced Driver Assistance Systems), ou Sistemas Avançados de Assistência à Condução, na tradução livre) e que detetam a proximidade a um obstáculo, tanto à frente como atrás, através de sensores.
Mas o REV vai mais além, detetando obstáculos a 50 metros (consegue atingir um ângulo mais aberto, funcionando como um radar).
O sistema terá uma câmara na parte de trás do veículo, que vai permitir ver a área que está atrás do automóvel. Já os sensores ultrassónicos localizados na parte externa do para-choque servirão para detetar objetos mais próximos, a cerca de 3 ou 4 metros, tendo como base os ultrassons.
Este é apenas um dos equipamentos de segurança que serão obrigatórios a partir do dia 7 de julho deste ano nos novos veículos, que servirão para assistir o condutor e melhorar a segurança rodoviária.
Em 2019, foram introduzidos 20 novos sistemas pela União Europeia (UE), mas a sua adoção obrigatória foi dividida em dois períodos diferentes: a 6 de julho de 2022, parte deles foi adotada e, a partir de julho deste ano, a outra metade entrará em vigor.
As regras vão aplicar-se a todos os veículos rodoviários e os veículos ligeiros vão ter ainda de possuir sistemas de apoio à manutenção na faixa de rodagem e a travagem automatizada, por exemplo.
O novo regulamento relativo à segurança geral dos veículos definido pela UE vai decorrer de forma progressiva até 2029, e todos os automóveis vão passar a ter sistemas avançados de alerta ao condutor.
De acordo com a Comissão Europeia, espera-se que possam ser salvas 25 mil vidas e que se evitem 140 mil ferimentos graves até 2038.