Em cada margem, as inúmeras varandas sobre o rio oferecem uma relação privilegiada com a envolvente natural. Muitas delas, pertencentes a restaurantes e confeitarias, já que Amarante é conhecida pela gastronomia, desde os pratos substanciais, como o cabrito serrano, aos delicados doces, originários do extinto Convento de Santa Clara. Mas antes dos prazeres da mesa, vale a pena deambular pelo cuidado centro histórico.
Desde logo, para conhecer a incontornável Igreja de São Gonçalo, do século XVI, que sofreu recentemente uma intervenção substancial. Aliás, o beato com fama de casamenteiro, que também dá nome à ponte do século XVIII, pode não ter alcançado a canonização, mas beneficia de uma devoção popular muito forte na cidade. Nos espaços correspondentes ao antigo convento dominicano, reconvertido pelo arquiteto Alcino Soutinho, fica o Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, onde estão guardadas cerca de 25 obras do pintor amarantino (1887-1918), a principal referência da instituição, e uma interessante coleção de arte moderna e contemporânea portuguesa. A vida breve, mas intensa, de Amadeo, levou inclusive à criação de pacotes criativos por empresas turísticas, como visitas à sua casa de Manhufe ou ao museu, combinadas com workshops de pintura e de desenho e provas de iguarias regionais.
Doces
Foguetes, Lérias, Brisas do Tâmega, papos de anjo e São-Gonçalos são as especialidades conventuais