“É tudo sobre combinar os padrões errados da forma certa”. A tendência, que teve início há algumas semanas, começou com um vídeo partilhado pela influencer Vicky Montanari, a viver em Portugal há cerca de seis anos, na rede social TikTok, a mostrar “como se vestir como uma rapariga portuguesa”. O vídeo, inspirado na tendência anterior que mostrava” como se vestir como uma rapariga de Copenhaga”, não tardou a tornar-se viral e já vai em mais de 6 milhões de visualizações, fazendo disparar a hahstag #portuguesegirl.
O estilo passa sobretudo pela mistura de padrões, cores e texturas que, à partida, não pareceriam a melhor combinação. O primeiro passo é usar uma parte de baixo “divertida”, que pode passar pela escolha de calças ou saia de padrões e cores que chamem a atenção. Depois, a parte de baixo deve ser complementada com um top que “não combine” com a mesma. Já para escolha de calçado, a preferência são as “sabrinas, ugly shoes ou ténis”, para dar um toque de “personalidade” ao look. Para finalizar, os acessórios, que podem passar por molas de flores no cabelo, óculos de sol e malas coloridas. É assim que, segundo a internet, se veste uma “portuguese girl” – ou, em português, “rapariga portuguesa”. O objetivo é que o resultado final, que até poderia parecer caótico, funcione.
Na descrição do seu vídeo, a autora da tendência explica que se inspirou noutros tutoriais semelhantes que também se tornaram virais na internet. No último ano, têm sido várias as tendências de moda – partilhadas nas redes sociais TikTok e Instagram – que batizam um estilo com nomes de cidades. Modas como “Scandinavian girl”, popularizado por Lauren Wolfe, “Barcelona Girl”, por Kita Liss, ou a mais conhecida precursora da tendência portuguesa, “Copenhagen Girl”, com um estilo criado a partir do áudio de Caroline Strodal e que junta as cores vivas às neutras.
Já em Portugal, os pequenos vídeos titulados “como se vestir como uma rapariga portuguesa” espalharam-se rapidamente entre as criadoras de conteúdo. Através de vídeos no TikTok, influencers portuguesas, como Mafalda Creative e Alice Trewinnard, também partilharam as suas versões de “portuguese girl”. A moda, contudo, não ficou só por Portugal, tendo-se espalhado um pouco por todo o mundo, especialmente em países como a Espanha, com várias raparigas a recriaram o look “português”.
Apesar do objetivo de a tendência ser a diversão por detrás da conjugação de diferentes peças de roupa, os vídeos têm também sido alvo de várias críticas de pessoas que consideram que uma “rapariga portuguesa” não se veste assim. No vídeo original de Montanari, acumulam-se comentários que acusam a tendência de ser uma invenção e não representar verdadeiramente o estilo das mulheres portuguesas. A onda de controvérsia levou a que algumas criadoras de conteúdos portuguesas criassem a sua própria versão do estilo português, com looks que acreditam ser mais representativos da forma como se vestem as mulheres em Portugal.