“A Maria Albertina veio receber-vos?”, pergunta João Raposeira, gestor agrícola da Tapada de Coelheiros. Respondemos que não, sem sabermos que se tratava do cão da casa que encontraremos, mais à frente, a acompanhar os trabalhos agrícolas da herdade. Nestes 800 hectares de terra, na freguesia de Igrejinha, concelho de Arraiolos, 600 são de montado, mas há ainda a vinha (50 hectares em produção biológica), o nogueiral, com variedades como a lara, pedro ou franquette, um rebanho de mil ovelhas merinas, pinhal, olival, uma família de galinhas de raça preta lusitana, gamos e veados – um ecossistema que se descobre em visitas guiadas, de jipe, em provas de vinho, com ou sem refeição, e em piqueniques no campo.
“Aproveitamos todos os produtos para explicar os respetivos ciclos e a biodiversidade”, diz João Raposeira, justificando a existência de abrigos de morcegos e de aves, “importantes para a manutenção do ecossistema e no controlo de pragas”.