Ter um amigo invisível e poderoso é um sonho que começa na infância e que o admirável mundo da Inteligência Artificial (IA) procura tornar real, através de programas que geram texto semelhante ao de um humano, com base nas pistas que lhes são dadas. A última novidade no campo dos chamados “grandes modelos de linguagem” deu-se na semana passada, com o lançamento do ChatGPT (generative pre-trained transformer).
Treinado para captar padrões a partir de bases de dados gigantes, como a Wikipedia, livros digitais gratuitos, publicações das redes sociais e comentários de revisores humanos, a nova versão de chatbot do consórcio OpenAI parece satisfazer, melhor do que os antecessores, as demandas do Aladino que há em nós: ele explica conceitos científicos, com diferentes graus de complexidade, e tanto debita ensaios académicos completos como piadas. Além disso, lembra-se do que lhe foi dito, consegue identificar afirmações incorretas, detetar pistas, quando tentam enganá-lo, corrigir erros de código e, até, recusar pedidos indevidos.