Somos o que comemos e, em concordância com esta filosofia, segundo um novo estudo, podemos viver mais tempo se mudarmos a nossa alimentação, principalmente numa idade mais jovem.
Quando se começa a comer melhor, a probabilidade de reduzir o risco de doenças ou mortes prematuras aumenta. Assim, não se trata de dar mais vida mas sim evitar que se tenha problemas de saúde mais cedo, prolongando-se os anos de vida.
Os investigadores do Departamento de Saúde Pública da Universidade de Bergen, na Noruega, criaram um modelo que promove o aumento dos anos de vida de um homem ou mulher se estes substituíssem uma “dieta típica ocidental” focada em carne vermelha e alimentos processados por uma “dieta otimizada” focada em comer mais frutas, vegetais, legumes, grãos integrais e nozes.
Logo, se houver uma “mudança para a dieta ideal” a partir dos 20 anos, garante o estudo publicado na revista PLOS Medicine, uma mulher pode aumentar a esperança de vida até 10 anos e um homem até 13 anos.
O mesmo pode acontecer com as faixas etárias mais velhas: o partir dos 60 anos, uma mulher ainda pode aumentar a sua vida em oito anos; os homens que iniciam uma dieta mais saudável no mesmo período podem adicionar quase nove anos às suas vidas. Depois dos 80 também é possível recorrer a uma dieta ideal e aumentar a esperança em três anos e meio.
Para criar o modelo do impacto da mudança de dieta de uma pessoa, os investigadores recorreram aos dados existentes do estudo Global Burden of Disease: um banco de dados que rastreia 286 causas de morte, 369 doenças e lesões e 87 fatores de risco em 204 países e territórios ao redor do mundo.
David Katz é presidente e fundador da True Health Initiative, uma organização global de especialistas dedicados à medicina de estilo de vida, e publicou uma investigação sobre como usar alimentos como medicina preventiva. “O que eles [os investigadores do estudo] definem como uma dieta ‘ótima’ não é exatamente o ideal: é apenas muito melhor do que ‘típica'”, disse.
Assim, e na sequencia do que revelou, acrescenta que esta dieta pode ser “melhorada ainda mais, conferindo benefícios ainda maiores”.