A Covid-19 alarmou os portugueses, resultando em mudanças de comportamento e procura de informação. O inquérito do Nova SBE Health Economics & Management Knowledge Center (NHEM), entre 27 de março e 15 de abril, mostra que cerca de 38% reforçaram a compra de bens de necessidade básica. O pico de compras foi registado por volta do momento em que foi decretado o estado de alerta. Metade das pessoas que foram às compras teve dificuldade em encontrar alguns produtos – em particular produtos alimentares. A proporção de pessoas que não encontram alguns produtos tem-se mantido elevada, mas estável ao longo das últimas semanas.
A televisão continua a ser a fonte de informação mais utilizada, seguida dos sites de notícias e da Direção-Geral da Saúde (DGS) ou do Serviço Nacional de Saúde (SNS). A informação dada pela DGS/SNS tem a melhor avaliação em termos de qualidade e confiança. Os sites de notícias lideram a avaliação em termos de rapidez. O nível médio de preocupação é mais elevado nas pessoas que reportam seguir muito frequentemente as atualizações.
Por Pedro Pita Barros, Eduardo Costa e Sara Almeida
Fonte: Inquérito sobre a pandemia Covid-19 (1 092 pessoas constituem a amostra ao inquérito, realizado entre os dias 27 de março e 15 de abril)