“Para o bem de Itália, fiquem em casa.” Foi desta forma que o primeiro-ministro Giuseppe Conte anunciou a imposição de uma quarentena em todo o país, a partir desta terça-feira, 10 de março, até dia 3 de abril.
As restrições impedem as deslocações de cidadãos pelo país, excepto em casos de emergência, e também o cancelamento de todos os eventos públicos. As escolas serão encerradas e as empresas deverão ativar os seus planos de contingência, promovendo o trabalho à distância, sempre que possível.
Todos os bares e restaurantes passam a estar fechados depois das 18h e, durante o horário de funcionamento, os clientes têm de respeitar a obrigação de distância de um metro, caso contrário o estabelecimento poderá ser encerrado. Em todas as lojas haverá a obrigação de manter esta distância de um metro de outras pessoas. Museus, ginásios, teatros, cinemas, centros sociais e culturais vão ser fechados, tal como discotecas e salas de jogos. Também as missas, casamentos e funerais serão proibidos até 3 de abril.
As consequências para a economia serão inevitáveis, afirmou o primeiro-ministro, que já pediu apoio à Comissão Europeia, prevendo um agravamento do défice para pelo menos 2,5% do PIB.
Itália já é o segundo país do mundo com mais casos confirmados de Covid-19, depois da China. Só nas últimas 24 horas houve mais 97 mortes, havendo já 463 óbitos registados. Além disso, os casos de infecção aumentaram 24% num só dia, e muitos foram registados fora do Norte de Itália, que já estava em confinamento.