O fabricante europeu Airbus vai pôr um ponto final na carreira do A380 em 2021, anunciou a empresa. O seu maior cliente, a companhia Emirates, cancelou uma encomenda de 39 destas aeronaves e assinou um outro contrato para comprar 70 modelos A330 e A350.
Até 2021 serão construídos mais 17 aviões, 14 para a Emirates e três para a companhia japonesa ANA.
A Emirates tinha previsto contar com 162 aparelhos na sua frota, mas vai ficar apenas com 123.
Apesar das tentativas de negociar com outras empresas, o CEO da Airbus referiu que “não existe uma carteira de pedidos substancial do A380”.
O maior avião comercial de passageiros do mundo – a viagem inaugural foi em 2005 – com dois pisos de cabines espaçosas e lugar para 544 passageiros (na versão standard, dado que é personalizável de acordo com as preferências das companhias), foi lançado para concorrer com o mítico 747 da Boeing, mas não conseguiu afirmar-se no mercado a partir do momento em que as companhias aéreas começaram a optar por uma nova geração de aeronaves mais pequenas e mais baratas para operar nos aeroportos.
A Airbus diz que vai entrar em contacto com os sindicatos para conversar sobre os 3000 a 3500 postos de trabalho que estão em causa com o fim desta produção.