O estudo, publicado no início do mês no Royal Society Open Science, analisou a evolução estilística da música pop nos EUA, tendo por referência a Billboard Hot 100 – a tabela musical norte-americana que avalia as 100 músicas mais vendidas no decorrer de uma semana – entre 1960 e 2010. Os investigadores analisaram cerca de 17 mil faixas de música, tendo em conta dois parâmetros: a harmonia (os acordes musicais que definem a melodia) e o timbre (que descreve o tipo de música e a qualidade do tom). A partir daí, criaram uma classificação dos estilos de música, que permitiu estudar a sua diversidade e evolução até aos dias de hoje.
A revolução musical da década de 80 corresponde à introdução de sintetizadores de percussão e a uma mudança de acordes caracterizada pelo Arena Rock, o estilo rock que se caracterizou por realizar concertos em estádios com multidões. Van Halen, Kiss ou Queen foram algumas das bandas que concretizaram a ambição de encher grandes espaços. Estes fatores foram amplamente identificados nas músicas da época, fazendo com que a música deste período fosse a mais homogénea de que há registo.
O estudo conclui ainda que a música pop contemporânea é muito mais diversificada do que a produzida nos anos 80, contrariando a ideia de que a música produzida nos dias de hoje é pouco criativa.