1 – O QUE É?
Um triplo ‘apagão’, ou um colapso em várias frentes:
– Exaustão emocional (esgotamento dos recursos físicos e emocionais por excesso de solicitações, a pessoa fica incapaz de “dar mais” de si)
– Despersonalização (apatia, cinismo, funcionamento mecânico e robótico, indiferença ou insensibilidade com colegas, clientes ou doentes)
– Baixa realização pessoal (sentimentos de fracasso, culpa e incompetência, associados a autocrítica e auto desvalorização, dentro e fora do contexto laboral)
2 – EM QUE CIRCUNSTÂNCIAS OCORRE?
– Excesso de trabalho durante um período prolongado, sem pausas e com recompensas insuficientes
– Falta de controlo sobre o desempenho
– Conflitos interpessoais e de valores em contexto laboral
– Quebra do sentido de pertença a uma equipa ou a uma comunidade
3 – QUAIS OS FATORES DE RISCO (‘DETONADORES’)?
INDIVIDUAIS: perfis de personalidade com aversão ao risco ou erro, com baixa resiliência (autogerir-se em situações adversas) e propensão a estados ansiosos e depressivos
ORGANIZACIONAIS: ambientes e técnicas de gestão “tóxicos”, que fomentam a competição e exercem fortes medidas de controlo sobre os colaboradores
SOCIOECONÓMICOS: vínculos precários, instabilidade do mercado de trabalho, dificuldades familiares (divórcio, luto, escassez de rendimentos, falta de suporte social)
4 – HÁ PROFISSÕES MAIS EXPOSTAS?
O burnout pode afetar qualquer um, desde que haja exposição prolongada a condições laborais adversas e dificuldade em lidar com elas. Porém, a natureza de certas funções torna-as mais permeáveis ao risco:
– Emergência médica, jornalistas
– Cuidadores (médicos, enfermeiros, assistentes sociais)
– Líderes de equipas, CEO’s, gestores em áreas de risco
– Área comercial (banca, telemarketing, vendas)
– Segurança (polícias, guardas prisionais)
5 – 7 SINAIS DE ALARME
– Fadiga e mal-estar gastrointestinal
– Dores musculares e de cabeça
– Perturbações alimentares e/ou do sono
– Aumento do consumo de cafeína, tabaco, álcool, calmantes e outras drogas
– Resistência em chegar ao trabalho
– Erros frequentes, quebras no desempenho e sentimento de desvalorização
– Irritabilidade, cinismo e hostilidade com colegas e clientes
6 – O QUE FAZER PARA RECUPERAR?
ADMITIR: que o problema existe e requer medidas
PROCURAR AJUDA: dos próximos e profissional (médico, psicólogo, terapeuta, jurista, se for caso)
DAR-SE TEMPO: abrandar, fazer pausas ou parar mesmo! até recarregar baterias
GERIR FONTES DE STRESSE: identificar e alterar fatores que promovem a exaustão
ENCONTRAR ALTERNATIVAS (NO TRABALHO): coaching, mudança de funções ou de departamento
MUDAR ESTILO DE VIDA: reciclar interesses, expectativas, hábitos, papéis sociais e familiares