Permanecer acordado à noite provoca mais do que simples frustração. Também pode dar origem a um ciclo de insónias, difícil de quebrar. Permanecermos na cama, acordados, leva a que o cérebro e o corpo recebam a mensagem de que a cama é o sítio perfeito para nela andarmos às voltas. Acabamos por, involuntariamente, programar o nosso corpo para permanecer acordado. A solução? Sair da cama.
Depois de 20, 30 minutos, ou talvez um pouco mais, chega-se a um ponto em que adormecer simplesmente não acontece. O melhor a fazer é levantar-se e fazer outra atividade durante um bocadinho, pelo menos segundo Michael Grandner, especialista da Universidade da Pensilvânia e responsável por um programa de medicina comportamental do sono. Mas há três regras a seguir, alerta:
1. Não faça nada demasiado entusiasmante. Tem de conseguir abandonar a atividade em 30, 45 minutos, ou seja qual for o tempo que estabelecer para si próprio. Se facilmente se entusiasma com a leitura de um livro, essa pode não ser a melhor ideia.
2. Não adiante trabalho. Por vezes, pegar no computador e começar a trabalhar a meio da noite pode fazer com que fique mais desperto ainda.
3. Evite o uso de luzes intensas. Se usar um computador, assegure-se que a luz do ecrã não é demasiado forte, para que não o desperte demasiado. Um candeeiro de cabeceira que emita luzes em tons quentes (avermelhado, laranja) é muito mais eficiente para usar à noite do que tons frios que emitam luz azul ou verde, por exemplo.
Contudo, sublinha Michael Grandner, esta tática não deve ser um estímulo para desistir de dormir por completo. Trata-se de ser realista e aceitar o facto de que dormir simplesmente não vai acontecer naquele exacto e esperado momento. Contrariar o organismo apenas vai produzir o efeito contrário. O que tem a fazer é libertar-se da ansiedade e do stress. Acabará por dormir mais a longo prazo, uma vez que vai estar a “ensinar” o cérebro que a cama serve para dormir e não para estar acordado.