Steven Magness, que treinou vários atletas olímpicos norte-americanos e é autor do livro “The Science of Running” ou “A Ciência da Corrida”, elaborou para a revista Wired uma lista de cinco pontos que explicam porque é doloroso correr para os iniciados.
1. Comichão
Ao fim de poucos metros, parece que o corpo pica. O corpo fica dormente e o sangue não flui de forma regular, o que causa irritação nas terminações nervosas da pele, enviando ao cérebro a informação de comichão
2. “Incêndio” muscular
Até os mais experientes atletas sentem esse ardor nos músculos das pernas. A culpa é do ácido láctico e é um sinal que os músculos enviam ao cérebro a avisar que estão a ficar sem energia. Por norma, no entanto, este sinal surge quando o corpo está ainda muito longe do limite. É continuar a correr e a sensação aliviará.
3. “Dor de burro”
Parece quase que mão invisível nos aperta a região abdominal lateral. Durante algum tempo, acreditou-se que estas dores provinham da falta de potássio e sódio. Mas estudos realizados na área concluíram que as dores abdominais laterais atingem também aqueles que têm estáveis valores de sódio e potássio. Atualmente, há duas teorias, segundo Magness: que a corrida esforce um ligamento que lia o diafragma aos músculos abdominais ou que uma diminuição nos níveis de cálcio impeça os músculos de relaxarem.
4. Falta de ar
“Respiramos tão intensamente que não conseguimos expirar todo o ar mau” ou dióxido de carbono, explica Magness. Mesmo quando respiramos normalmente nunca há uma perfeita troca entre oxigénio e dióxido de carbono. Com a corrida os músculos começam a ‘gritar’ por ar, impedindo-nos de expirar completamente. Com o esforço, sentimos uma sensação de ardor idêntica à que temos quando sustemos a respiração.
5. Gases
A retenção de gases é comum em iniciados na prática da corrida, mas também os profissionais se ressentem deste problema, que fica a dever-se ao trabalho muscular de usar energia a partir de hidratos de carbono ou proteínas, libertando gases nesse processo. Muitos desses gases não chegam aos pulmões, onde poderiam ser expelidos sem causar embaraços…”O gás fica preso em locais onde não deveria estar e tem de sair de alguma maneira”, assegura o treinador.