Por norma, o parto por cesariana é mais arriscado e perigoso podendo traduzir-se em mais problemas tanto para a mãe como para o recém-nascido, devendo ser visto mais como uma solução para um imprevisto ou para uma complicação, do que como uma alternativa. Segundo um estudo publicado no American Journal of Obstetrics and Ginecology o risco de complicações e de morte deste tipo de parto é dez vezes maior em relação ao parto normal, contudo, é preciso ter em conta que alguns destes partos verificam-se em situações arriscadas, de emergência.
O risco associado à cesariana justifica-se por se tratar de uma cirurgia e poderem ocorrer hemorragias, infeções e problemas nos órgãos internos.
Os especialistas aconselham este tipo de parto em caso de imprevistos, como quando a placenta se desloca prematuramente bloqueando a saída do bebé, quando o cordão umbilical sai antes do bebé cortando o fluxo de sangue para a criança, ou devido a problemas respiratórios do bebé.
É também usado em situações ligadas diretamente à condição da grávida, em casos em que esta desenvolva hipertensão durante o período de gestação, se a mãe é diabética, tem algum problema de coração grave, é portadora do vírus HIV ou tem uma lesão de herpes genital para prevenir possíveis contágios ou para salvaguardar eventuais consequências.
Para os especialistas o parto normal é, por isso, o mais recomendável por ser um processo fisiológico natural. Durante este tipo de parto, a mulher produz umas hormonas que protegem e previnem o desenvolvimento de danos cerebrais na criança, entre outras substâncias.
Mesmo em condições que a maioria das pessoas considera perigosas, é possível dar à luz desta forma em segurança. Por exemplo, quando o bebé está “sentado” dentro da barriga, a cesariana não é a única opção, tendo médico técnicas que pode usar durante a gestação para inverter essa posição.
O facto de ter tido, por exemplo, duas crianças através da cesariana, não é indicação absoluta da necessidade de fazer outra cesariana. É possível ter o bebé através do parto normal.