O anúncio chegou há uma semana, depois de seis anos de tratamentos: depois de mais uma bateria de exames com resultados pouco animadores, Reece Puddington, de 11 anos, decidiu “deixar a natureza seguir o seu curso” e, com o apoio da família, não se submeter a mais intervenções médicas.
Diagnosticado em 2008 com um tipo de cancro raro, um neuroblastoma, o menino criou, com a mãe, uma página no Facebook para relatar a sua luta contra a doença e expor a sua lista de desejos. Desde então, vários seguidores de todo o mundo se dispuseram a ajudá-lo.
Agora, confrontado pelos médicos com duas opções, com uma a implicar nova avaliação médica, idas ao hospital e os efeitos secundários dos tratamentos, Reece optou pela segunda: “simplesmente não fazer nada, ficar em casa e deixar a natureza seguir seu curso”. Num post que intitulou “O começo do fim”, o menino reconhece que deverá “perder a vida um pouco mais cedo do que se tivesse mais tratamentos”.
“Nos últimos 5-6 anos, a minha mãe sempre esperou ter a coragem de saber quando fosse a hora de dizer basta. Depois de muito analisar, a minha mãe pensou se que fosse por ela, continuaria a levar-me aos tratamentos porque não me queria deixar ir, mas que se fosse por mim, me deixaria ir. Bem, está a deixar-me ir”, conclui, na publicação que gerou uma onda de tristeza no Facebook.
O cancro de Reece tinha desaparecido em 2010, depois da quimioterapia, mas em 2012 voltou a aparecer no fígado e mesmo após o tratamento com novos medicamentos, foi diagnosticado como terminal.