O Jornal de Psicologia do Consumo publicou o estudo da Universidade de Michigan, intitulado: “The Benefits of Retail Therapy; Making Purchase Decisions Reduces Residual Sadness”, onde professores argumentam que os níveis de tristeza podem registar valores mais baixos no ato de comprar.
“A tristeza está fortemente associada com a percepção de que fatores externos controlam os resultados na vida de cada um”, explicam os autores do estudo. Assim, a melhor maneira de diminuir essa sensação de impotência é colocar-se numa situação em que os resultados estão nas suas mãos, e, neste caso, nas sua carteira.
A investigação dividiu os frequentadores de shoppings da análise em “choosers” (que escolhem um produto e que o compram efetivamente) e “browsers” (que analisam os produtos, acabando por não comprar nada), mostrando a cada um 12 produtos.
No grupo dos “choosers”, 79% sentiu-se em controlo enquanto escolhia entre os produtos, enquanto apenas 2% dos “browsers” partilharam a mesma emoção. Para além disso, os primeiros mostraram-se três vezes menos tristes.
Estudos anteriores propõem que uma “terapia das compras” não deve ser posta de lado e que pode ajudar as pessoas a ultrapassar a tristeza, criando sentimentos positivos relativos à sua última compra. Outras destas investigações sugerem que o ato de passear em busca de um produto pode trazer mais satisfação do que o ato da compra em si.
Esta “terapia” tem ainda sido descrita como uma forma de aliviar o stress e regular os excessos alimentares, bem como o consumo de álcool. A verdade é que, enquanto que para alguns, a questão da felicidade está diretamente ligada aos níveis de controlo da realidade, para outros pode significar algo diferente.