Em abril, logo a seguir à tomada de posse do novo Governo, António Costa anunciou que tinha instruído o seu advogado para “apresentar um requerimento junto do senhor coordenador do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça”, para ser ouvido “com a maior celeridade possível” e assim “se esclarecer qualquer dúvida que tenham”.
“Não há nada pior do que haver uma suspeita e ela não ser esclarecida”, justificou, nas declarações aos jornalistas, antes de deixar o Palácio da Ajuda.
A audição, avançou o Expresso, aconteceu esta tarde no DCIAP, com António Costa na qualidade de declarante e não de arguido.
O Presidente da República já reagiu à notícia, considerando tratar-se de “um passo importante”. Em resposta aos jornalistas, à saída de uma iniciativa no Hub Criativo do Beato, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa destacou a importância de Costa ter sido ouvido antes das eleições europeias e antes de um Conselho informal”, repetindo que seria “bom para Portugal e para a Europa” que António Costa viesse a presidir ao Conselho Europeu.
Também o chefe de Estado sublinhou que Costa foi ouvido “como suspeito, e não como arguido, portanto, a seu pedido, que tinha sido formulado e explicitado no dia em que deixou de exercer as funções de primeiro-ministro”.