Os fundadores do Partido Liberal Social (PLS) vão entregar, na próxima quarta-feira, no Tribunal Constitucional, mais de 7 800 assinaturas, com vista a formalizar esta nova formação política (a lei exige, pelo menos, 7 500 assinaturas válidas). À frente deste projeto está José Cardoso, ex-candidato à liderança da Iniciativa Liberal (IL) – na convenção da IL de janeiro de 2023, concorreu contra Rui Rocha e Carla Castro, obtendo apenas 4,3% dos votos. Rui Rocha seria eleito sucessor de João Cotrim Figueiredo com 51,7% (a lista de Carla Castro teve 44 por cento).
No início deste ano, José Cardoso tinha anunciado a desfiliação da IL, acusando a direção de Rocha de estar a desrespeitar os princípios do partido e de montar “uma fraude” que procurava impedir alterações na convenção estatutária de julho passado. Embora continue a “lamentar” os “erros estratégicos” da IL, José Cardoso diz, agora, que prefere “olhar para o futuro”.
“Depois de sair da IL, fiz uma longa reflexão, com várias pessoas, e cheguei à conclusão que havia espaço em Portugal para uma nova solução política com uma cultura liberal e social, capaz de ir ao encontro do perfil de projetos bem sucedidos, que existem no norte da Europa, em países como, por exemplo, Países Baixos, Suécia ou Dinamarca”. “Este projeto não é, naturalmente, para concorrer contra a IL, mas para ser alternativa a todos os partidos portugueses”, sublinha.
Os responsáveis do PLS já tinham apresentado, em maio passado, o novo partido, publicando, na altura, cinco documentos estratégicos – a Identidade Política, a Declaração de Princípios, o Programa Político, os Estatutos e as Regras de Prática Política” –, que podem ser consultados no site da organização. “O liberalismo social oferece respostas políticas aos problemas reais dos portugueses. Acredito que o Partido Liberal Social irá ser inovador em múltiplos aspetos, trazendo novas soluções e novas formas de fazer política”, detalha José Cardoso. Convicto nesta solução, o dirigente admite, porém, que “o sucesso não será para amanhã”, apontando para o longo prazo. “Sabemos que temos um longo caminho pela frente, um trabalho para dez anos, que será feito a pensar nas novas gerações, que, claramente, desejam ter um País mais liberal”.
Como primeira grande meta, os responsáveis do PLS esperam que o partido “possa estar presente” nos boletins de voto nas Autárquicas de setembro de 2025.