Depois da queda de Boris Johnson, a corrida para encontrar um novo primeiro-ministro já começou. Dos que anunciaram a sua candidatura, muitos prometem cortar nos impostos e “atacar” a inflação. Estes são os nomes dos que já compõem a lista:
Sajid Javid, ex-ministro da Saúde
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Sajid Javid, que antes de assumir a pasta responsável pela luta contra a covid-19 foi ministro das Finanças, foi o primeiro a apresentar a demissão do Governo de Boris Johndon.
Aos 52 anos, Javid é considerado um dos deputados mais experientes, tendo passado pelo ministério do Interior, da Economia, da Habitação e da Cultura.
Caso seja eleito, o ex-ministro quer reparar o aumento do custo de vida e reduzir impostos sobre os combustíveis e pessoas. Sajid Javid é conhecido por ser fã da filósofa e escritora americana Ayn Rand, que escreve sobre o capitalismo, o mercado livre e o individualismo.
Rishi Sunak, ex-ministro das Finanças
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O ex-ministro das Finanças de Boris Johnson, um dos primeiros a abandonar o governo, anunciou a sua candidatura à liderança do Partido Conservador. Rishi Sunak, de 42 anos, promete “restaurar a confiança, reconstruir a economia e reunir o país”.
Quando abandonou o cargo ao lado de Boris Johnson, Sunak explicou que “o público espera, com razão, que o Governo seja conduzido de forma adequada, competente e séria”, e, por isso, decidia sair.
Apesar de ter sido elogiado pela forma como geriu as políticas de apoio durante a pandemia, tem contra si as notícias de que a mulher, Akshata Murthy, que tem uma fortuna considerável, terá evitado pagar impostos sobre os rendimentos do estrangeiro.
Suella Braverman, Procuradora-geral da Inglaterra
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Suella Braverman, procuradora-geral da Inglaterra e País de Gales desde 2020, foi a primeira a anunciar o seu interesse na corrida, ainda antes de Boris Johnson se demitir. A deputada e também advogada revela que tem uma “dívida de gratidão para com este país” que a acolheu.
Braverman é conhecida por ser uma defensora ardente do Brexit e por defender a saída do Reino Unido do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos porque travou a deportação de refugiados para o Ruanda.
Se for nomeada primeira-ministra, Braverman garante que suas prioridades serão reduzir impostos, cortar gastos do governo, enfrentar os desafios do custo de vida e “resolver o problema dos barcos que cruzam o Canal da Mancha”.
Tom Tugendhat, Presidente da comissão de Negócios e Estrangeiros
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Apesar de não ter muita experiência na política, dentro do partido o deputado conservador britânico e Presidente da comissão de Negócios e Estrangeiros Tom Tugendhat é conhecido por ser um bom orador e um político com princípios.
O antigo militar de 49 anos, que esteve nas guerras do Iraque e do Afeganistão, mostrou-se contra o Brexit em 2016. Caso seja eleito, promete um “novo começo” para o partido e governo.
“Esta nação precisa de um novo começo, e de um Governo que adote como princípios orientadores confiança, serviço e concentração incessante no custo de vida”, escreveuTugendhat, quando anunciou a sua candidatura.
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Jeremy Hunt, Membro do Parlamento do Reino Unido
Jeremy Hunt, ex-ministro da Saúde e antigo ministro dos Negócios Estrangeiros e da Commonwealth, foi o rival de Boris Johnson na segunda volta das últimas eleições no partido. Na altura, o Brexit foi a grande divisória entre os dois candidatos.
O antigo chefe da diplomacia de Theresa May quer “restaurar a confiança dos eleitores” e compromete-se a reduzir significativamente os impostos das empresas e fazer a economia crescer. Questionado sobre se a redução de impostos provocaria inflação, Hunt explicou: “Não concordo com isso quando se trata de impostos para atividades económicas”.
Nadhim Zahawi, ministro das Finanças
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Aos 55 anos, Nadhim Zahawi foi chamado para liderar o ministério das Finanças após a demissão de Sunak. Mas foram precisos apenas dois dias para que este se mostrasse do lado dos que defendiam a demissão de Boris Johnson.
O agora ministro das finanças ganhou popularidade com a supervisão da bem-sucedida vacinação contra a covid-19 no Reino Unido. Nadhim Zahawi, que apoiou o Brexit em 2016, prometeu que se for eleito reduzirá os impostos para as famílias e empresas, aumentará as despesas da Defesa e implementará reformas educacionais.
“O meu objetivo é simples: dar as oportunidades que foram dadas à minha geração, a todos os britânicos, sejam eles quem forem e de onde quer que venham”, anunciou Zahawi, que foi para o Reino Unido em criança, ao lado da família, que partiu do Iraque.
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Penny Mordaunt, Secretária de Estado do Comércio
A atual secretária de Estado do Comércio, Penny Mordaunt, também anunciou a sua entrada na corrida ao cargo. Conhecida pelo seu papel proeminente na campanha pró-Brexit e por ter sido a figura da campanha “Leave” em 2016, foi a primeira mulher ministra da Defesa do Reino Unido.
Penny Mordaunt assume-se como a candidata que vai voltar a unir o partido Conservador e o país, sempre com o mote de que “a liderança tem de mudar” e “tornar-se um pouco menos sobre o líder e muito mais sobre o navio”.
Kemi Badenoch, Ex-ministra da Igualdade
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A ex-ministra britânica da Igualdade, Kemi Badenoch, anunciou que também iria concorrer à liderança do partido conservador britânico e à sucessão de Boris Johnson, depois de se ter despedido.
No jornal The Times, Badenoch pede uma mudança: “Apresento-me a esta eleição porque quero dizer a verdade”, escreve. “É a verdade que nos libertará”.
Como ministra da igualdade, Badenoch foi criticada pelos atrasos na proibição da terapia de conversão por membros do painel de conselho do governo para temas LGBT+.
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Grant Shapps, ministro dos Transportes
Grant Shapps, atual ministro dos transportes, promete que, se for escolhido, vai preparar um orçamento de emergência para fazer frente aos problemas de inflação, que inclui cortes de impostos e auxílios para empresas com alto consumo de energia. A promessa mais importante é a de aumentar os gastos em Defesa para 3% do PIB.
Um dos poucos a não se demitir durante a crise que fez Boris Johnson cair, Shapps foi secretário de Estado do Desenvolvimento Internacional no tempo de David Cameron. “É fácil criticar Boris Johnson depois de se ter andado de cabeça baixa durante anos, contente por beneficiar do seu patrocínio”, escreveu no The Sunday Telegraph.
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Liz Truss, ministra dos Negócios Estrangeiros
A Ministra dos Negócios Estrangeiros, LizTruss, já desempenhou o papel de vários cargos governamentais em vários departamentos, incluindo o Comércio, a Justiça e o Tesouro. Caso seja eleita como primeira-ministra promete cortar impostos e manter-se firme contra o Presidente da Rússia, Vladimir Putin.
“Sob a minha liderança, irei cortar impostos logo no primeiro dia e aprovar medidas para ajudar as pessoas a lidarem com o aumento do custo de vida”, disse, citada pelo Daily Telegraph. “Esta não é a altura para aumentar impostos.”
Truss é popular e uma das favoritas, às vezes comparada à antiga primeira-ministra do partido, Margaret Thatcher.
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Rehman Chishti, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros
O novo sub-secretário de Estado para os Negócios Estrangeiros, Rehman Chishti, apresentou a candidatura a primeiro-ministro num vídeo publicado na rede social Facebook, reivindicando “um historial comprovado de apresentar ideias e criatividade para ajudar a melhorar a vida das pessoas”.
Chishti, deputado de 43 anos, foi vereador pelo partido Trabalhista antes de se transferir e ser eleito pelo Partido Conservador em 2010.