Luís Filipe Vieira foi esta quarta-feira detido por suspeitas da prática dos crimes de burla qualificada ao Fundo de Resolução bancária e ainda crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais. O presidente do Benfica vai ser ouvido em interrogatório pelo juiz Carlos Alexandre.
A investigação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) – coordenada por Carlos Alexandre, pelo procurador Rosário Teixeira e pelo inspetor da Inspeção Tributária de Braga, Paulo Silva – surge no âmbito do processo Monte Branco, conhecida rede de fraude fiscal e branqueamento de capitais (que operava em Portugal e na Suíça). A ação também visou o empresário José António dos Santos, amigo pessoal do presidente do Benfica, conhecido como “Rei dos Frangos”, que também foi detido para ser ouvido pelas autoridades.
Luís Filipe Vieira – considerado um dos grandes devedores do Novo Banco – é ainda suspeito de crimes relacionados com a OPA do clube sobre a SAD, travada pela CMVM o ano passado, por ser considerada ilegal, e que teria como objetivo beneficiar o próprio e José António dos Santos, através da criação de mais-valias no valor de 11 milhões de euros.
A operação incluiu buscas à SAD do Benfica, à sede do Novo Banco e a empresas ligadas a José António dos Santos e envolveu cerca de uma centena de elementos da PSP e da Inspeção Tributária.