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“A prática normal é os partidos encomendarem trabalhos para as campanhas, as agências inflacionarem custos e os partidos receberem depois, por outras vias, o que foi faturado a mais”. Esta a mais reveladora afirmação de Carlos Fonseca, ex-sócio-gerente da Webrand, a agência de publicidade responsável por várias campanhas eleitorais autárquicas do PSD.
A entrevista ao responsável que viveu a ascensão e queda da empresa por dentro, publicada esta quinta-feira, na edição semanal da VISÃO, é apenas uma das revelações contidas num dossiê de mais de 20 páginas que resulta de uma investigação de três anos.
Cristina Ferreira, a dona da Webrand – e do grupo de empresas que gravitavam à volta da agência – amiga pessoal do vice-presidente do PSD, Marco António Costa, e ele próprio vice de Luís Filipe Menezes em Vila Nova de Gaia, é a personagem central de uma trama que envolve nomes tão conhecidos como Valentim Loureiro, Agostinho Branquinho, Hermínio Loureiro ou Virgílio Macedo.
“Quem deu poder à Cristina no PSD foi o Marco António Costa”, conta Carlos Fonseca.