Esta semana, na VISÃO, num texto de Miguel Carvalho e Sara Rodrigues, falamos-lhe do almoço na Mealhada – organizado por militantes próximos de Assis – para debater a possível aliança de esquerda entre PS, BE e PCP, e como foram sendo feitos os convites para os cerca de 300 comensais.
A vitória “poucochinha” nas Europeias levou Francisco Assis a Estrasburgo, é certo. Mas depois o PS perdeu Seguro, perdeu as legislativas e o eurodeputado perdeu agora a paciência com o acordo desenhado por PS, BE e PCP a partir da ascensão e derrota eleitoral de António Costa. “O PS pode pagar caro esta aproximação à esquerda e perder capacidade reformista”, tem dito o antigo líder parlamentar, assumindo-se como reserva ideológica das “tradições” do PS.
Há vários críticos em relação ao acordo das esquerdas:
“Tenho bastantes dúvidas sobre o acerto da decisão do PS. Adivinha-se um acordo precário que não transmite confiança à economia, põe em causa compromissos internacionais e nos levará a terra desconhecida”, assume à VISÃO José Lamego, “militante de base”, ex-deputado e governante.
Mota Andrade, ex-deputado adivinha, a curto prazo, uma fatura pesada para o País – “temo que se vá mais além do que se pode em termos económico-financeiros” – mas também para o PS: o risco maior é “os eleitores não nos perdoarem no futuro”.
Leia toda a história na VISÃO.
Entretanto, e numa nota enviada na quarta-feira, 4, (já depois do fecho da edição) para a comunicação social, o PS informou que agendou uma reunião da Comissão Nacional para sábado, dia 7, às 15 e 30, no Hotel Altis, em Lisboa – precisamente na mesma altura em que decorreria o almoço. Francisco Assis, justificando que é preciso ouvir o órgão máximo do partido entre Congressos e, também, por vários membros desta comissão terem confirmado presença na Mealhada, resolveu adiar o almoço para outra altura.